segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Subir ou Descer do Salto???

Olá a todos!!!

Final de ano chegando e com ele, as festanças, o que implica em vestir-se elegantemente, principalmente as mulheres. Portanto, este artigo é carinhosamente dedicado à elas. Boa leitura!!!

   Na hora de subir no salto, muito cuidado! Usar salto alto, sem dúvida, deixa a mulher mais bonita, mas também pode causar alguns problemas, principalmente para quem fica em cima do salto o dia inteiro, em pé e, pelo jeito, as mulheres andam preferindo ficar bonitas a cuidar da saúde.
   Dores nos joelhos, como tendinites, devido à sobrecarga causada pela posição em que o pé fica quando se usa salto alto, além do agravamento quando a mulher já tem problemas nas articulações, levando a quadros dolorosos, são apenas o começo dos problemas de quem utiliza salto alto sem moderação. Pessoas mais idosas, que já têm quadro de artrite, costumam sentir muitas dores quando abusam do salto.
   A coluna também é atingida quando as mulheres usam sem moderação o salto alto. Ocorre o aumento da incidência de lordose (quando se tem o bumbum empinado e os ombros para trás, dando o aspecto de um "c"), o que leva a pessoa a ter lombalgias (dores nas costas, perto do bumbum) e conseqüentemente a cifose compensatória (colocar os ombros para frente, o que acaba fazendo aparecer uma "barriguinha"). O tratamento para estes males pode ser feito com a osteopatia, que promove a liberação dos tecidos e fáscias (fina membrana que recobre os músculos). O uso constante dos saltos promove o encurtamento dos músculos posteriores do corpo, pois a elevação do calcanhar deixa o corpo em desequilíbrio, alterando o centro de gravidade corporal. Os mais castigados são os pés. São eles que suportam todo o peso do corpo e o uso constante de salto desbalanceia a estrutura, elevando o calcanhar e depositando maior parte do peso sobre a parte da frente do pé e sobre os dedos. O uso constante do salto alto, ou seja, mais de 50% dos dias da semana, pode causar ainda uma inflamação chamada fasceíte plantar (também chamada fascite plantar) e também ocasionar o surgimento de um nódulo entre o segundo e o terceiro dedo do pé chamado de neuroma de Morton, que causa dificuldades no movimento dos dedos. 
   As torções de tornozelos são o problema mais freqüente e são mais comumente associadas ao uso dos saltos tipo plataforma, podendo, inclusive, causar fraturas.
   O tratamento osteopático inclui manobras de Holfing, uma massagem profunda para liberar a fáscia e a musculatura, além de muito alongamento, liberação da aponeurose (encontro de várias fáscias) lombar que é o ponto de inserção de vários músculos. Se o paciente for disciplinado, as chances de melhora no quadro e também na postura é próxima de 100%. Mas, para isso, é importante deixar de usar salto ou diminuir o tamanho. O uso indiscriminado de salto alto pode também causar problemas mais graves, como o encurtamento do diafragma, dificultando a respiração e problemas no nervo ciático, que acaba deixando o paciente acamado devido às dores na coluna e nas pernas.
   USAR OU NÃO - A ausência de salto, com a utilização das rasteiras, que continuam em alta, principalmente na região de Araçatuba, onde faz calor o ano inteiro, é recomendada para quem não tem problemas nos pés. No entanto, existem casos em que é necessário o uso de um pequeno salto para aliviar sintomas. Para quem tem "esporão de calcâneo" (sente dores no calcanhar), o uso de um salto com cerca de dois centímetros pode aliviar a dor, uma vez que desviará o peso do calcanhar para os dedos, sem descompensar o equilíbrio do corpo. 
   A questão não é deixar de usar o salto, mas saber usá-lo com moderação e escolher sempre o modelo mais adequado (ver box) para usar durante o dia. Não é preciso dispensar o salto agulha, mas também não é aconselhável fazer dele parte oficial do figurino do dia-a-dia. O mais importante é ter bom senso e utilizar sapatos compatíveis com o tipo de pé que se tem. Mulheres com pés mais largos devem procurar sapatos com formas mais largas. Outro ponto importante é observar se o bico do sapato começa a afinar depois que acaba o dedão, formato que é mais comum ultimamente. O sapato deve ficar muito bem adaptado ao pé e ser trocado de um dia para o outro. Para quem fica muito tempo em pé, pode ser aconselhável trocar o sapato no meio do dia, evitando a formação de calos e joanetes devido ao atrito freqüente no mesmo local.
   Existem horas em que descer do salto não é uma questão de falta de classe, mas sim, de saúde. Afinal, toda mulher sente-se poderosa quando bem equilibrada em um lindo salto agulha e ninguém quer parar de usá-lo. 

Veja qual o salto mais adequado para você.

Cada tipo de sapato tem seus contras, sendo os prós, os efeitos que eles causam no ego feminino:

Salto agulha e bico fino - em alguns casos, o joanete pode ser causado pelo bico fino, tanto que a incidência é dez vezes maior em mulheres. O peso do corpo força os dedos para frente que são "espremidos" pelo bico do sapato, modificando a anatomia do pé com o uso constante. Solução para o problema? Dependendo do grau do joanete, o tratamento pode ser medicamentoso e fisioterapêutico ou, em casos extremos, cirúrgico, para realinhar o dedo.

Salto agulha - o salto muito fino força ainda mais o corpo para frente (já que ninguém quer interromper a noite por causa do salto quebrado!). O maior cuidado em não apoiar no calcanhar faz com que as mulheres caminhem a noite toda quase "na ponta dos pés". Resultado: talalgia, calos, joanetes, tendinites.

Anabela - um pouco mais confortável e menos maléfico do que os anteriores. No entanto, se for muito alto, também causa problemas nos joelhos, tornozelos e pés. É mais recomendado, mas ainda não é o melhor tipo de salto para passar o dia.

Plataforma - de todos os modelos, é o mais confortável para os pés, sendo indicado para uso durante o dia, para aquelas que não dispensam o salto. O problema: aumenta o risco de lesões por torção, que são as mais graves e que levam grande número de pacientes ao médico, ocasionando inclusive fraturas.

Conselhos do Dr. Eduardo:

* moderar o uso de salto, deixando para ocasiões especiais;
* se você não vive sem salto, opte por modelos tipo plataforma ou anabela;
* evite, em qualquer hipótese, sapatos de bico fino ou apertados;
* em casa, ande descalço ou de chinelos;
* procure comprar sapatos com palmilhas que amorteçam o impacto;

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