sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Maus hábitos alimentares e intestino preso

Os maus hábitos alimentares são a principal causa de intestino preso.
Essa doença é mais comum na população feminina. Entre suas causas estão também o hábito da mulher de retardar as idas à toalete e doenças como megacólon, síndrome do intestino irritável e até câncer. O ideal é consultar um médico à primeira indicação e se tratar. A maioria dos casos se resolve com reeducação alimentar e medicamentos e só pequena parte requer cirurgia.
   Intestino preso é um fenômeno comum. Ele pode ocorrer em qualquer fase da vida de homens e mulheres. É mais comum, entretanto, na população feminina. O fenômeno pode ser agudo ou crônico. A forma aguda
às vezes resulta de um simples exagero no consumo de determinados alimentos, como frutas que prendem o intestino, como jabuticaba e goiaba. Dá até um pouco mais de "trabalho" até algum sofrimento na toalete, mas em geral se resolve espontaneamente. Já a forma crônica se caracteriza quando uma pessoa passa pelo menos um ano com episódios do problema, nem precisa ser contínuo.
   A principal causa, sabe-se hoje, é a dieta inadequada, ou seja, alimentação pobre em fibras e em líquidos. Isso ocorre mais com as mulheres que se preocupam mais com o peso, fazendo dietas, comendo pouco e tomando pouco líquido, o que faz com que as fezes sejam menos volumosas e o intestino não tenha o que expelir.
   Outra causa importante são as lesões posicionais (bloqueios) nas respectivas vértebras cujo nervos que saem delas e inervam os intestinos estão comprimidos mandando sinais insuficientes para os mesmos. Dessa forma os intestinos ficam preguiçosos. 
   Não menos importante é a questão cultural. As meninas são educadas desde pequenas a controlar-se para não ir à toalete em locais públicos, só em casa. Por vergonha, em geral evitam ir também quando estão com o namorado e amigos. Vem a vontade e controlam, vem de novo e controlam mais uma vez. Com o tempo, seu intestino se acostuma a não funcionar e pára de produzir estímulos para evacuação e, claro, se torna obstipado.
   Entre outras causas de intestino preso podemos citar: a) megacólon congênito ou causado pela doença de Chagas, que se caracteriza pela não contração do intestino, levando à formação de uma espécia de bolsa no reto, que acumula fezes e não consegue eliminá-las; b) inércia colônica, que também se caracteriza por uma incapacidade de contração  do intestino; c) síndrome do intestino irritável, que se caracteriza por distensão abdominal, alteração do hábito intestinal , que pode ser na forma de obstipação ou diarreia, mais comumente obstipação, e cólica intestinal; d) alterações anatômicas, como intestino demasiadamente longo; e) câncer; f) intolerância à lactose; e g) uso contínuo de remédios como antidepressivos. 
   O sedentarismo, por outro lado, favorece a formação do intestino preso.
   A primeira indicação da doença é a própria alteração do ritmo intestinal. Outros sintomas frequentes são: distensão e dor no abdome. A forma aguda, felizmente, pode ser superada em pouco tempo e, em geral, não causa maiores problemas ao portador. Já a crônica, além de prejudicar sua qualidade de vida,a longo prazo pode amentar o risco do surgimento de câncer pela agressão constante das substâncias tóxicas das fezes das mucosas dos intestinos.
   O ideal, claro, é prevenir-se, ou seja, evitar a formação da doença. Pode-se fazer isso adotando uma alimentação saudável, isto é, rica em fibras, indo à toalete sempre que o corpo indicar que é necessário, ingerindo pelo menos 2 litros de líquidos diariamente e praticando atividades físicas regularmente.
   Pessoas com sintomas podem, além das dicas acima, consultar um osteopata que, através de manipulações, poderá normalizar os estímulos vindos da coluna para os intestinos e fazendo os mesmos normalizarem o funcionamento.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Osteopatia Visceral - Você sabe o que é?

    Olá amigo(a) do blog.
    Com muito prazer estou de volta escrevendo e postando mais um artigo a respeito da osteopatia. Desta vez falarei da osteopatia visceral. Você sabe o que é?
    Bem, você já sabe o que é a osteopatia (caso esteja acessando o blog pela primeira vez vide artigos anteriores), agora falarei da relação das vísceras com a osteopatia. As vísceras são os órgãos que compõem o nosso corpo (coração, pulmão, esôfago, estômago, fígado, vesícula biliar, pâncreas, baço, rins, intestinos, útero, ovários, próstata e bexiga) e estão envolvidas por um tecido único, indivisível, distribuído por todo ele chamado fáscia, sendo este muito importante para o entendimento da osteopatia visceral. Para que você entenda o que é fáscia vou dar um exemplo bem prático. Quando compramos carne vermelha existe uma pele branca, fina e quase transparente que envolve e se infiltra na carne, isto é a fáscia. No corpo humano ela lembra o formato de uma teia de aranha, é inervada e vascularizada, ou seja, recebe nervos e possui vasos sanguíneos. Encontra-se abaixo da pele e da camada gordurosa e distribui-se sobre os músculos infiltrando-se no meio destes. Na região do tronco (caixa torácica e cavidade abdominal) a fáscia atravessa a musculatura e entra em contato com as vísceras envolvendo-as e fixando-se posteriormente nos ossos. A figura abaixo mostra a relação da fáscia com a pele e o músculo.
    Entenda portanto que, se a fáscia está inserida nos ossos e envolve vísceras e músculos, qualquer alteração na posição de uma víscera ou inflamação de um músculo pode comprometer a posição de uma articulação, e o contrário também é verdadeiro - a posição de uma articulação ou osso pode deformar ou provocar um mau posicionamento de uma víscera comprometendo, dessa forma, sua função. Logo podemos afirmar que o corpo humano é um todo, único e indivisível onde a alteração de um órgão pode repercutir na forma de dor, disfunção ou incapacidade no local da lesão ou mesmo distante da lesão. Só para ter-se uma ideia do que estou falando dou este exemplo: é muito comum pacientes chegarem ao meu consultório relatando dor no ombro esquerdo e quando faço a avaliação chego a um problema que está ligado ao estômago, ou ainda, uma dor no ombro direito que está ligado a um problema no fígado. Você deve estar perguntando-se como? É simples. A fáscia não é um tecido que envolve as vísceras? E a fáscia não está distribuída amplamente pelo corpo? Portanto, a fáscia que envolve o estômago ou fígado é a mesma que passa pelo ombro esquerdo ou direito, respectivamente.
    Outra coisa que faz-se necessário saber para entender a osteopatia visceral é que os órgãos apresentam o que chamamos de mobilidade visceral e motilidade visceral. A mobilidade é o movimento que a víscera que está sendo avaliada apresenta em relação às outras ao seu redor ou em relação ao tecido adjacente. Ela é dependente do ciclo respiratório, ou seja, quando nós inspiramos e expiramos, o diafragma (principal músculo da respiração) desce e sobe empurrando as vísceras para baixo e depois as traz para seu lugar de origem. A motilidade é o movimento tridimensional que a víscera em questão apresenta sobre os seus três eixos, isto é, sobre si mesma. Diz-se que a motilidade é o movimento que a víscera apresentou durante a sua evolução embrionária no desenvolvimento fetal. Por essa teoria, os eixos e reações da motilidade visceral são caracterizados pela oscilação entre a acentuação do movimento embriológico e o retorno à posição original da víscera em questão. Estes movimentos são definidos como "Expir", que é o ciclo embrionário que o órgão percorreu até sua maturação embrionária e o "Inspir", que é o retorno desse movimento. O expir e o inspir não tem nada a ver com expiração e inspiração, tanto que se a pessoa prender o ar por alguns segundos a víscera continuará a mover-se em inspir e expir.
    Sabendo todas essas coisas o osteopata, através de suas mãos e habilidade, consegue avaliar se a mobilidade e a motilidade do órgão estão normais. Caso perceba anormalidades em um destes dois movimentos ele deverá corrigi-los pois certamente a vascularização e a inervação estarão comprometidas e, como a víscera está envolvida por fáscia e a esta está inserida nos ossos, certamente a pessoa poderá vir a desenvolver dores articulares. Os exemplos são os mais diversos como os a seguir: 1) dor cervical por bloqueio da fáscia do diafragma; 2) dor em ombro esquerdo ou torácica por bloqueio da fáscia do estômago; 3) dor em ombro direito ou torácica por bloqueio da fáscia do fígado; 4) dor na pelve ou lombar com irradiação para a perna por bloqueio das fáscias da bexiga e intestinos (homem e mulher), útero e ovários (mulher). Entenda que estes são apenas exemplos, não seguindo necessariamente esta ordem.
    Desta forma, espero que cada um que tenha lido este artigo possa absorver a ideia do tratamento da osteopatia visceral e, numa ocasião de dor, procure um osteopata mais próximo para ver o quão eficiente é o tratamento.
    Um abraço e até o próximo artigo.
    Att.,
             Dr. Eduardo


quinta-feira, 25 de julho de 2013

A Osteopatia no modo simples de entender...

Usar as mãos para aliviar a dor! Essa é a osteopatia, técnica que dispensa o uso de aparelhos. As articulações do nosso esqueleto são justas e firmes graças a ligamentos, tendões e cápsulas que as cruzam. Porém, se uma dessas articulações sofrer uma pancada ou realizar um movimento brusco, ela pode sair do lugar causando uma microlesão. Essas microlesões começam a produzir dores, queimações, pontadas ou até mesmo uma dor indefinida. O trabalho do osteopata é identificar onde estão essas lesões, eliminando a fonte do problema.
A técnica foi criada pelo médico Andrew Taylor Still, em 1874. Convocado para servir as tropas americanas nas frentes de batalha, Still não conseguia aliviar as dores dos soldados e se sentia frustrado. Mais tarde, ao atender crianças com diarreia, o médico percebeu que era possível aliviar as dores abdominais com movimentos circulares, feitos com as mãos. Ele também aliviava a própria dor de cabeça pressionando a nuca. Esses foram alguns fatos que levaram o médico a perceber que as doenças tinham uma relação estreita com a estrutura corporal e que o toque das mãos podia colaborar para o alívio dos sintomas e até a cura.
 A osteopatia é indicada para enxaquecas, sinusites, torcicolos, disfunções da ATM (articulação têmporo-mandibular), dores nas costas e no peito, dores irradiadas (como as provocadas por nervo ciático ou hérnia de disco), dores nos ombros, cotovelos, punhos, mãos, joelhos, tornozelos e pé, artrite, artrose, encurtamento muscular e disfunções no funcionamentos dos órgãos como estômago, fígado, rins e intestinos. A técnica pode ser aplicada em pessoas de qualquer idade e só não é recomendada para pacientes com câncer, osteoporose, fraturas ou cirurgias recentes.
Cada sessão dura cerca de uma hora. O paciente é colocado em uma maca e, através de palpações, o especialista identifica o posicionamento incorreto de estruturas do corpo. Em seguida, o paciente recebe a manipulação, com o objetivo de colocar a estrutura comprometida em seu devido lugar. A manipulação é segura, precisa e, geralmente, trás alívio imediato ao paciente.
Em média, duas a três sessões de osteopatia são suficientes para  o alívio ou extinção dos sintomas. O custo de cada sessão gira em torno de R$ 150,00. Quem se interessar pode entrar em contato pelo telefone (18) 3305-9080.